No curso dos nossos (longos e muitos) dias, vamos conhecendo diversas etapas, fases, experiências (...) carregadas de emoções e emotividades. Identificamos umas, desviamo-nos de outras...; vivenciamos umas, descartamo-nos de outras...; sentimos turbilhões imensos e gigantes com umas, passamos ao de leve por outras... Todas contribuem, ainda assim, para o que nós julgamos ser e fazer das nossas vidas!
Entendo-as como "tomadas de consciência"!... Algumas, porventura, de profunda inconsciência! - abençoada seja a divina inconsciência, pela sua aparente simplicidade! :)
E esta é uma tomada de consciência!... - a do desencanto!...
E são tantos (e tão romanticamente deliciosos!) os desencantos que vamos sentindo ou construindo! O desencanto da flôr que murchou!... O desencanto do brinquedo que prometeram e não deram!... O desencanto com @ menin@ que, de repente, percebemos não está por nós apaixonad@!... O desencanto com os Pais que afinal não parecem ser os amigos que tanto se proclamaram!... O desencanto que surge ao percerbermos que afinal aquela "causa" poderia ser perdida!... O desencanto pelo desencanto!...
Tantos e, contudo, sempre desencantos...
Mas este é um desencanto diferente (ora, todos são distintos!)... Chamar-lhe-ei (porque tudo temos que nomear, não é?), de forma doce (porque violento se arrisca a ser...), um desencanto maduro, consciente, vívido e nítido!... Aquele que, não transportando amargura, transporta tristeza e faz questão de nos colocar uma marca (que, embora, se torna a cada dia mais pequena, jamais nos deixa...)... É um desencanto que não nos permite que o hoje possa ser, algum dia, igual ao ontem (alguma vez existiu algo para além do presente?... Talvez!...)!... É um desencanto que não magoa!..., apenas e tão só nos desencanta! :) Apenas e tão só nos faz questionar o próprio encanto... (doce, necessário, ilusório, desviante...)
E é um desencanto mau? (ai, a eterna luta e disputa entre o bem e o mal!, tão cansativa...)
Não! :)
É apenas um desencanto que teve de ser! :)